Meio Milhão de reais vira problema na saúde da UBS/AMA Lauzane

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R$530.000,00.  Meio MILHÃO de Reais vira problema ao invés de reunir soluções.
Na saúde no posto do UBS/AMA Lauzane, sem melhorar efetivamente o atendimento a população 

vão ser   530,00 mil gastos com “perfumaria”
Aqui vamos direto ao assunto, é fato e notório que a saúde no pais vai de mal a pior, mas você sabe por que?
Muitas vezes não é por falta de dinheiro que o poder público não consegue atender os anseios e necessidades da população. Na maior parte das vezes são os ouvidos curtos e surdos do poder público que são o problema. Um claro exemplo é o que acontece nas Unidades UBS/AMA Lauzane que estão caindo “pelas tabelas” e nada é feito.

Estão destinados R$530.000,00 pela Secretaria de Infraestrutura Urbana – SIURB para obras na saúde.  Que só pode ser usado em pequenas reformas, conforme afirma o a PMSP. “Liberados, mas não pode ser usado para reformas no posto da UBS/AMA Lauzane”. Será usado para “Maquiagem perfumaria”. Despercebidos, alguns profissionais da saúde e Conselheiros Gestores concordaram com tudo isso. Estranho é que o pedido da Comunidade fora amplamente discutido com funcionários e conselheiros gestores, e com estes pactuados em reunião.  

  O pedido da Comunidade resolveria, melhorando sobremaneira, o atendimento direto da população usuária. E consequentemente o próprio ambiente de trabalho dos profissionais da saúde e dos próprios Conselheiros Gestores. Que, hoje, não dispõem de local onde se reunirem ordinariamente na Unidade. Contudo, repetimos, estes importantes atores da saúde local, Funcionários e Conselheiros Gestores, aceitaram prontamente a argumentação do engenheiro de SIURB ao afirmar que não se poderia ampliar o local da recepção dos pacientes e adequar a construção e uma sala de 4x4m por se tratar de uma ata de serviços e não uma licitação.

Nossas unidades segundo publicadas na RAS atendem mais de 60.000 pessoas em espaço inadequado. Nossa sala de recepção de matéria para exames (fezes, urina) é a mesma usada para reuniões e refeições dos funcionários.
Oque já é um absurdo concentrar em um único lugar tanta gente! Em cidades com 20.000 habitantes, facilmente encontraremos de 8 a 10 postos para atender sua comunidade. Atendimento a 60.000 habitantes, com o mínimo de condições aqui no Lauzane isso não acontece. Não obstante os esforços de nossos valorosos funcionários isto é humana e racionalmente incoerente com a proposta, séria que se refira a preservar e cuidar da saúde.

Nosso espaço de recepção dos pacientes é o mesmo dividido entre adultos, crianças, adolescentes e quem vem tomar vacinas ou simplesmente pedir uma informação. Um auto exposição de riscos a saúde desnecessária. Bastasse aplica de maneira racional. Equilibrada e responsável um recurso de meio milhão de reais. Algo esta fora de controle. A Comunidade pede o pode publico não se presta a ouvir e atender e dispensa um montante de dinheiro em aplicações necessárias, mas não prioritárias.
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Depois de sermos recebidos pelo Vereador Police Neto e pedirmos dele apoio político para reverter esta situação, Termos marcado audiência com o Sr. Victor Aly Secretário da SIURB do Município que foi representado pelo seu corpo técnico, pois impedido de nos atender por motivos de agenda o Secretario os designou.  E, termos recebido na Unidade UBS /AMA do Lauzane engenheiros de SIURB e engenheiro da empresa executora da obra e funcionários da Supervisão Técnica de Saúde. Nada mudou. Insistem em empregar 530.000,00 de maneira que não atende as necessidades dos usuários. Só nos resta duas condições, calar-se diante da ameaça de que se nos não aceitarmos a verba será retirada, ou buscar outras instancias fiscalizadoras do Município e da Justiça para se manifestarem a respeito.

Será que os administradores e Conselheiros Gestores do posto não perceberam que as instalações estão inadequadas para atender pacientes com tuberculose, idosos, crianças, soro positivo, fora outras doenças que se propagam no ar?
Que existe um auto risco de contaminação dos funcionários por estarem fazendo as suas refeições na mesma mesa de madeira onde são realizados exames com fezes e urina?
Será que ninguém viu as condições do muro de arrimo que está oferecendo risco as pessoas? 
Que o posto não tem sequer uma rampa de acesso a deficientes físicos?
Relatório fotográfico ( arquivos do GU Grupo Unidade)
Que o Raio X foi retirado do posto e que está fazendo muita falta e hoje está tomando chuva lá em Santana?
Que o telhado está danificado e está chovendo dentro das salas de atendimento?

Acho difícil entender que ninguém viu isso!  Pois, a comunidade já estava se mobilizando para realizar justamente estas reformas por conta própria, que contemplava exatamente isso, a mesma cobertura da ambulância só que utilizava a estrutura para ampliar a recepção da unidade, melhorando ou amenizando o risco de contaminação dos pacientes, no projeto da comunidade amparado por um engenheiro e Arquiteto estava tudo adequado a fim de equacionar o problema, inclusive um espaço de refeição para os funcionários. E, entre diversas outras ações que aí sim atenderia diretamente as necessidades da população. Com muito menor recurso.

Isto é a situação quando MEIO MILHÃO DE REAIS do erário público poderia ser a SOLUÇÃO e se torna um PROBLEMA. Por causa dos ouvidos tapados e surdez pública. 
Agora que a coisa fica mais difícil, ter R$530.000,00 nas mãos e não poder usar onde se deve. Ouvir a alegação de que esse dinheiro não dá para fazer o que se precisa, a não ser pequenos reparos e pintura somente, que uma comissão do posto alegou que as necessidades eram outras.

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Uma reunião no posto UBS/AMA Lauzane foi marcada para se tentar fazer alguma coisa a respeito da utilização desta verba a pedido da Comissão comunitária, moradores do bairro que prestam serviço voluntario.
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A reunião mesmo tumultuada aconteceu, mas o entendimento não: estavam presentes na reunião funcionários, os engenheiros responsáveis pela obra, os conselheiros gestores e a comissão comunitária, a reunião aconteceu justamente na sala que é compartilhada como refeitório pelos funcionários e análise de fezes dos pacientes com as mais diversas patologias, e na referida mesa se servia-se café, água e biscoitos aos participantes, que causou um certo repudio ao engenheiro Henrique ao receber essa informação.
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 A reunião foi conduzida pelo conselheiro gestor o Sr. Sidnei que tinha em mãos uma lista de reivindicações da referia obra, mas que não contemplava nem a sala onde ocorreu a reunião e nem a reestruturação do atendimento (no local onde se fara uma cobertura para as ambulâncias),  eram coisas mais urgentes como a mudança na forma de abrir algumas portas, a tinta que não era adequada, a ampliação em 2m da sala do almoxarifado, a instalação de 2 ventiladores ou ar condicionado, a liberação de alguns banheiros, se ia ou não ia fazer um
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estacionamento no local (acabou que será feito), torneira e algumas tomadas e o mais importante que foi mencionado, foi justamente o telhado onde ficou combinado os devidos reparos, mas a conversa ficou mesmo acalorada quando os demais conselheiros gestores (não funcionários mas sim os voluntários eleitos) começaram a questionar as verdadeiras obras de real importância para o atendimento da população: como a estrutura para ampliar a recepção, a construção de um refeitório, a rampa para deficientes físicos e a causada da unidade, quando a conselheira Maria Carolina disse que essas eram as suas reivindicações um dos engenheiros (Henrique) disse “ que não poderia fazer” então a conselheira disso que “ entraria com a auditoria do tribunal de contas” apoiada pelo conselheiro de saúde comunitário o Sr Fabio Silva que tem o curso no tribunal de contas e já havia sido conselheiro gestor em outra ocasião disse que também não concordava com a destinação da verba e o mesmo engenheiro disse “então eu vou parar a obra”, nesse momento a discussão ficou realmente acalorada até os funcionários do posto que estavam lá calados fazendo cara de paisagem se manifestaram contra a conselheira mas principalmente contra o representante da comunidade o Sr. Fabio Silva e para meu espanto o conselheiro Sidnei que foi eleito para defender as reivindicações dos usuários mandou que ele se retirasse da sala e o Sr. Fabio saiu retornando poucos minutos depois.


O meu maior espanto nessa reunião foi quando o Sr. Celso funcionário e conselheiro gestor, disse que não tinha assinado a vistoria que autorizava a obra dessa maneira, que ele tinha assinado uma folha que as outras apareceram como milagre posteriormente.

No caso do muro de arrimo quando questionado o engenheiro Henrique disse que não poderia fazer essa obra com essa verba, já na reunião anterior na secretaria ele havia dito que iria fazer por conta voltando atrás alegando outros caminhos.... Mas que caminhos? Mais dinheiro público para outra obra? Será que R$530.000,00 não daria para isso?
E a rampa de acesso aos deficientes físicos?
Sem nenhum estudo do espaço onde ela seria construída os engenheiros alegaram que não seria possível enquadrar nas normas, algo como uma rampa de 1,20m de largura.

Pois bem a reunião se encerrava naquele momento, mas ainda seria feito um passeio pelo posto UBS/AMA Lauzane com os engenheiros e os conselheiros gesto somente para se verificar o que estava sendo negociado só que antes de sair da sala uma espécie de compromisso foi assinado entre os conselheiros gestores e os engenheiros.

Você acha que acabou aí, não é mesmo?

Pois bem, não acabou aí. Durante o passeio ocorreu mais uma briga entre o Sr. Fabio e o Sr. Sidnei, o Sr. Fabio externava a sua indignação com o que estava acontecendo e o Sr. Sidnei o expulsava do posto aos com xingamentos.

foto dos arquivos do GU Grupo Unidade (década de 90)


Fica aqui a nossa indignação diante desse fato já que havia uma mobilização da comunidade junto aos comerciantes para resolver essa questão do posto UBS/AMA Lauzane onde um projeto executado por um engenheiro que está disponível a vocês todos foi orçado em apenas R$27.000,00 (vinte e sete mil reais), essa verba estava sendo angariada até o momento que foi colocado no posto a placa com o orçamento de R$530.000,00 (quinhentos e trinta mil reais) que acabou se tornando um grande problema.
projeto 1 projeto 2 projeto 3 projeto 4 projeto 5

GU Grupo Unidade com mais de 30 anos de luta pela comunidade do Distrito do Mandaqui.
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2 comentários:

  1. então, tudo isso porque as VARIAS reuniões (pelo jeito em vão) que foram feitas na UBS/AMA LAUZANE referente ao que se precisava fazer para dar um pouco de folego para a administração e comunidade não foi levada em conta no dia da vistoria onde deveria estar presente os que realmente estavam lutando por uma melhoria justa e de acordo com as necessidades antes descutidadas e solicitadas.Onde ja se viu uma UBS não ter banheiro masculino, comer, fazer reunião e exames de urina e fezes na mesma mesa, pelo amor de deus é o fim.

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  2. Gostei da matéria! é a comunidade se posicionando assertivamente nas suas posições pois a muito tempo que tinha essa necessidade das pessoas voltarem a se encontrar nas ideias e nas ações coletivas PARABÉNS é dessa forma que vem as conquistas!!!!

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